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Quinta do Bill “regressa à escola” para partilhar história, paixão e música 

 

No passado dia 15 de abril, pelas 13h30, no Auditório da Escola Secundária Jácome Ratton, aconteceu mais uma sessão do projeto Ágora, integrada na 10.ª Semana Cultural, desta vez com o tema: “Conhecer a Quinta do Bill”. 

A sessão contou com a presença de Carlos Moisés (vocalista e guitarrista) e Paulo Bizarro (baixista), dois dos fundadores da mítica banda tomarense de folk rock, Quinta do Bill, numa entrevista conduzida pela aluna Catarina Marques. 

A conversa levou a audiência a recuar aos anos 80, quando, ligado à Associação Canto Firme, Carlos Moisés se inscreveu numa recém-criada classe de jazz, orientada pelo professor Joaquim Roberto. Foi aí que conheceu Paulo Bizarro e Rui Dias, (o primeiro guitarrista do grupo). Depois de lhes apresentar algumas composições suas, Moisés formou com eles o núcleo inicial da banda, a que se juntaram mais tarde outros elementos. 

Os primeiros tempos foram marcados por dificuldades comuns a muitas bandas em início de carreira: falta de meios e locais de ensaio sempre temporários (por causa do barulho). A solução para os ensaios surgiu numa quinta em Valdonas, propriedade do engenheiro Delgado, que era conhecido por “Bill” por usar um chapéu à cowboy. Esse facto viria a batizar o grupo. 

Questionados sobre as suas influências musicais, Paulo Bizarro referiu que, sob o impulso de Carlos Moisés, foram mergulhando na Música Popular Portuguesa, o que acabou por moldar a identidade sonora da banda. A evolução aconteceu naturalmente, alimentada pela experiência de palco e pelo trabalho de grupo. 

Carlos Moisés destacou como maior desafio os tempos iniciais, de grande incerteza: dúvidas entre seguir uma carreira musical ou prosseguir os estudos, a dificuldade em adquirir instrumentos, a falta generalizada de espaços para atuação. No entanto, a persistência compensou. A participação e vitória no concurso da RTP “Aqui d’El Rock”, realizado na Costa da Caparica, abriu-lhes a oportunidade de gravar o primeiro disco. 

O ponto de viragem aconteceu com o segundo álbum, “Os Filhos da Nação”, após um concerto em Tomar no Pavilhão da FAI. O administrador da Polygram, que se deslocou para assistir aos Joker (banda principal da noite), ficou impressionado com a atuação da Quinta do Bill e propôs-lhes um contrato discográfico. O disco foi um sucesso nacional, com forte presença nas rádios e mais de 60 espetáculos realizados em Portugal e nas comunidades portuguesas entre 1993 e 1994. 

A terminar, foi-lhes colocada a pergunta: “Que conselho dariam aos jovens que querem seguir uma carreira musical?”. Carlos Moisés alertou para as dificuldades que vão encontrar e que terão de ser trabalhadores e estudantes empenhados, para aprenderem bastante. No entanto, sublinhou que a paixão pela música e pelas artes do espetáculo pode abrir muitas portas — seja na música, som, luz ou produção e que tudo isso é um mundo fascinante. O fundamental, afirmou, é gostar muito, acreditar, e querer aprender, trocar experiências de maneira a evoluir.  

A sessão encerrou com um momento musical ao vivo, onde o grupo interpretou “Menino” (uma canção tradicional da Beira Baixa, que foi dada a conhecer pela banda Tomarense Filarmónica Fraude, a quem Moisés pediu se podia fazer uma versão rock) e “Se te amo”, original da Quinta do Bill.  

Foi uma tarde enriquecedora, onde se cruzaram histórias de vida, experiências musicais e a partilha direta com os alunos da escola presentes.  

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